Lesão ou solução de continuidade dos tecidos provocada por um traumatismo externo direto. As feridas podem ser classificadas em: feridas incisas, geralmente de bordos lisos e provocadas por um instrumento cortante; feridas perfurantes, provocadas por instrumentos afilados e pontiagudos, são potencialmente muito perigosas por poderem atingir órgãos vitais; feridas laceradas, que se apresentam com os bordos muito irregulares e rasgadas; e feridas contusas, devidas a um traumatismo, mais ou menos violento, com maceração dos tecidos atingidos. Vide também: Úlcera – O que é?

Feridas cicatrizam 2 vezes mais rápido quando são mantidas em meio ambiente úmido. Sendo assim, para se manterem úmidas feridas devem ser mantidas protegidas com um curativo que tenha a capacidade de fazer a manutenção e o equilíbrio do ambiente úmido. Deixar a ferida seca, ou mantê-la exposta pode manter o ambiente da ferida muito ressecado, atrasando o processo de cicatrização.

Alguns estudos científicos já comprovaram que a nicotina compromete o processo de cicatrização. O fumo altera as taxas de hemoglobina funcional e leva à disfunção pulmonar, o que reduz a oferta de oxigênio para as células e dificulta a cura da ferida.

A crosta geralmente aparece quando a ferida é mantida em um meio seco, e isso é muito ruim para o processo de cicatrização da pele. Essa crosta é composta pelo acúmulo de tecido não-viável e de bactérias e, além de atrasar o processo de cicatrização, ainda pode ocasionar uma infecção. A ferida deve ser sempre mantida fechada, com um curativo adequado que mantenha a umidade ideal necessária ao processo de cicatrização, dessa forma evitará a formação da crosta e o processo de cicatrização será efetivo. 

As feridas devem ser limpas com soro fisiológico ou água potável. Essas soluções que causam ardência e dor na ferida destroem as células, são tóxicas para as células, não garantem a limpeza efetiva, impedem a cicatrização e ainda podem causar muito desconforto. 

Em hipótese nenhuma devemos espremer feridas ou estourar bolhas, mesmo que sejam pequenas. Além de ser um processo muito doloroso, ao fazer isso podemos prejudicar o processo inflamatório, retardar a cicatrização e ainda contaminar a lesão, levando novas bactérias e microorganismos para a ferida. O correto nesse caso é proteger a lesão e buscar um profissional especialista no assunto. 

A higienização com água e sabão é o primeiro passo para tratamento de lesões acidentais, como cortes e “ralados”. Entretanto, as feridas crônicas não devem ser lavadas durante o banho. “No banho, a água fica contaminada com a sujeira do nosso corpo e resquícios da pele, o que pode levar à contaminação.” O uso da água ou do soro aquecidos para a limpeza da ferida é recomendado em locais de clima frio (menos em casos de queimaduras). Isso porque o organismo trabalha em temperatura corpórea de 36 graus para manutenção e reestabelecimento da integridade da pele. Quando a ferida é resfriada durante o processo de limpeza, o corpo demora mais para entrar na temperatura adequada, retardando as reações químicas relacionadas à cicatrização.

A dor diminui, o tamanho da lesão reduz e você começa a perceber a cicatrização pelo aparecimento do tecido de granulação, que é aquela pele mais dura e avermelhada que se forma na área. Para “sarar”, a ferida passa por três processos: o inflamatório – que é quando se tem a sensação de dor, calor e rubor. Nessa fase acontece a migração de células de defesa para o leito da ferida que irão realizar a limpeza e controlar a contaminação da ferida. Depois, acontece a fase de granulação – no qual acontece a formação do tecido base para a cicatrização e, então, o processo de maturação, que irá reconstituir a pele.

Aumento da dor, calor e rubor ao redor da ferida. Embora sejam sintomas comuns ao processo de cicatrização, se forem excessivos podem ser sinal de infecção. A presença de pus na ferida e a febre também indicam que algo não vai bem.

Sim, diversas doenças podem desencadear feridas na pele, como câncer de pele, diabetes, hanseníase, entre outras

Perda de substância em qualquer superfície orgânica (epitélio, pele, mucosa, etc.) sem tendência para a cura espontânea, podendo provocar desintegração e necrose. A lesão aberta formada por esse processo. Vide também: Ferida – O que é?

Sim, possuem relação direta. Um organismo saudável e equilibrado se recupera mais rápido. Além disso, a proteína é a responsável pela reconstrução da pele e a vitamina C atua ajudando na formação do colágeno. Dependendo da ferida, exige-se, inclusive, suplementação alimentar.

O calor tem como consequência o aumento do suor do corpo, aumentando a umidade que favorece o aparecimento de úlceras porque a umidade excessiva do corpo pode provocar a maceração da pele, diminuindo sua resistência, em especial em pacientes acamados.

O tamanho e a profundidade da ferida, bem como o correto tratamento a ela aplicado irão influenciar o tamanho da cicatriz e sua visibilidade.

Feridas cicatrizam! Porém há alguns tipos de feridas que classificamos como crônicas e complexas, essas podem exigir um cuidado especializado tanto na prevenção como no tratamento. O cuidado especializado muitas vezes irá incluir curativos especiais, laserterapia, adequação nas formas de se fazer e cuidar da ferida e da pele, mudanças no estilo de vida e em alguns casos encaminhamentos para tratamento conjunto com outros profissionais.

NUNCA aplique creme dental, barro, borra de café, esterco, folhas de plantas, ervas, manteiga ou qualquer outro produto que não seja recomendado por um profissional de saúde na área da queimadura. Isso aumenta muito o risco de complicações e de infecção no local.

Meio terapêutico em que se realiza a limpeza, aplicação de produtos adequados à necessidade da lesão e proteção da ferida ou úlcera. Tem por finalidades:

• Promover a cicatrização, eliminando fatores que possam retardá-la;

• Tratar e prevenir infecções;

• Prevenir contaminação exógena;

• Remover corpos estranhos;

• Proteger a ferida contra traumas mecânicos;

• Promover hemostasia;

• Drenar e/ou absorver secreções e exsudatos inflamatórios;

• Fazer desbridamento mecânico ou autolítico para remover tecidos necróticos e esfacelos;

• Promover a cicatrização, eliminando fatores que possam retardá-la;

• Tratar e prevenir infecções;

• Prevenir contaminação exógena;

• Remover corpos estranhos;

• Proteger a ferida contra traumas mecânicos;

• Promover hemostasia; etc.

Meio terapêutico em que se realiza a limpeza, aplicação de produtos adequados à necessidade da lesão e proteção da ferida ou úlcera. Pode se utilizar, por exemplo, de espumas absorventes, gaze com PHMB, bota de Unna, gaze com Petrolatum, hidrocolóides e outros.

A frequência de trocas do curativo também é uma decisão que irá variar conforme as características da lesão. Mas cabe ressaltar que hoje o mercado já oferece opções de curativos especiais que possibilitam trocas menos frequentes, mas tudo isso dependerá de avaliação do profissional em relação ao tipo de lesão bem como sua evolução e adaptação ao curativo proposto.

Remoção dos tecidos desvitalizados (necrose e esfacelos), instrumental e/ou com produtos. Vide também: Curativos.

A resposta é não. Cada sessão consiste na aplicação local da luz Laser, sem nenhum desconforto ao paciente. A duração das sessões e a intensidade são definidos em protocolos profissionais homologados. Desta forma, a laserterapia é indolor, não causa aumento de temperatura ou queimadura ou vermelhidão.

Não, a laserterapia não possui nenhum efeito colateral. O que pode acontecer é a utilização de doses incorretas fazendo com que o resultado esperado não seja alcançado, ou ainda, quando a luz é direcionada aos olhos sem proteção. A outra situação é a utilização da laserterapia nos casos onde ela não está indicada como aplicação sobre tumores, lesões sem diagnóstico e irradiação em pacientes com marcapasso. Vide também: Laserterapia – Há contraindicações?

Como todo tratamento o laser possui contraindicações que incluem:

NÃO se deve aplicar o laser:

• lesões clínicas sem diagnóstico.

• sobre a pele de pacientes que fazem uso tópico de substâncias fotossensíveis (ex: isotretinoína, ácido retinóico, etc.).

• sobre tatuagens ou micropigmentações.

• tratamento sobre áreas fotossensíveis ou fotossensibilizadas da pele.

• sobre a glândula tireóide em pacientes com hipertireoidismo.

• lesões neoplásicas (benignas ou câncer) – na região a ser irradiada.

• tratamento direto sobre o olho.

• tratamento sobre o útero gravídico.

• tratamento sobre as gônadas (ovários e testículos).

• tratamento sobre áreas hemorrágicas.

• áreas com aplicação de toxina butolínica.

• pacientes com glaucoma.

Como uma das ações do laser é estimular a proliferação celular, deve-se tomar muito cuidado com neoplasias e lesões pré-cancerígenas afim de se evitar o estímulo a progressão do tumor, ainda não há estudos suficientes para saber o efeito da laserterapia em lesões cancerígenas a respeito. 

ILIB é um acrônimo do termo em inglês Intravascular Laser Irradiation of Blood que significa Irradiação Intravascular do Sangue com Laser.  A ILIB é a irradiação sobre a artéria radial de forma não invasiva, o que proporciona efeito antioxidante sistêmico, regulação dos lipídios, ação anti-inflamatória, age na complacência das artérias e veias (vaso dilatador), ativa as células do sistema imunológico. Estes efeitos terapêuticos favorecem o rejuvenescimento, o bem-estar e a qualidade de vida. 

Indicações:

• recuperação cirúrgica

• estresse, insônia, fadiga

• drenagem linfática

• rejuvenescimento

• complicações diabéticas

• problemas respiratórios - asma, bronquite, rinite

• complicações cardíaca (exceto usuários de marca-passo) e vascular 

• recuperação de atletas e performance física

• doenças inflamatórias - artrite, fibromialgia, etc.

A ILIB é uma técnica complementar ao tratamento médico.

A laserterapia é dependente de diferentes causas: o tipo de tratamento que está realizando (tratamento de ferida, tratamento para dor, tratamento de edema, recuperação de lesão muscular, etc.). Além disso a laserterapia é indivíduo dependente – o que isso quer dizer, a laserterapia dependerá do quanto o organismo do indivíduo consegue absorver e reverter a luz do laser em resultados positivos. Os protocolos variam conforme indicação e objetivo, podendo ser aplicações diárias, dias alternados ou ainda aplicações semanais, assim como a duração do tratamento irá variar de acordo com o tratamento proposto e a gravidade de cada caso.

"O Laser é um equipamento que emite radiação eletromagnética (a mesma emitida pela luz, aparelho de microondas e celulares) e sua tecnologia traz versatilidade em relação a sua aplicabilidade. Existem Lasers específicos para soldas industriais, cirúrgicos como o utilizado na Oftalmologia, Lasers apontadores utilizados em palestras, Lasers de corte preciso para a indústria, Lasers bélicos, e também os Lasers em baixa intensidade que são conhecidos como terapêuticos. Os Lasers terapêuticos surgiram ainda na década de 60 e originaram a técnica conhecida como Laserterapia. Sua ação não é invasiva (não corta, não queima, não dói) e funciona a partir da transformação da energia luminosa (doada pelo Laser) em energia química (energia que a célula precisa) nos tecidos lesionados expostos a luz Laser. Esta transferência de energia possibilita que as células doentes recebam uma energia extra e desta forma consigam combatem a inflamação e regenerar mais rapidamente. A literatura científica comprova os efeitos da Laserterapia não existindo mais dúvidas sobre a sua eficácia modulando a inflamação, controlando a dor e acelerando os processos de regeneração celular. São publicados mensalmente ao menos 30 novos trabalhos sobre a Laserterapia e esta tecnologia veio para revolucionar nossos tratamentos de saúde e bem estar!

MECANISMOS DE AÇÃO: A Mitocôndria em tecidos estressados ou isquêmicos sintetiza o óxido nítrico (NOmt) que se liga ao citocromo c oxidase deslocando competitivamente o oxigênio do seu sítio de ligação, levando ao estresse oxidativo com consequente redução da produção de ATP.

A Luz Laser com o correto comprimento de onda (660 -830nm) quando aplicada sobre um tecido lesionado é absorvida pelo citocromo c oxidase deslocando (fotodesligando) o NOmt do sítio de ligação do oxigênio e reduzindo o stress oxidativo e reestabelecendo a produção normal de ATP uma vez que o oxigênio voltou ao seu local de ligação. Somente células lesionadas captam a luz laser, justamente porque somente estas possuem o NOmt impedindo o normal metabolismo celular.

Uma vez reestabelecida a respiração celular e produção energética, uma cascata de efeitos metabólicos é iniciada incluindo o aumento de Ca2 +, secreção de fatores de crescimento, activação de enzimas e outros mensageiros secundários.

Um subsequente aumento na atividade celular e mitoses foi demonstrado in vitro e in vivo em neutrófilos, macrófagos, fibroblastos, mastócitos, células endoteliais , queratinócitos, osteoblastos e neurônios.

Além disso, um importante efeito anti-oxidante é atribuído à Laserterapia. Na inflamação, sob baixo ph a enzima endógena SOD (superóxido desmutase – uma das responsáveis pela remoção dos radicais livres), recebe um próton e fica em seu estado inativado. Esta condição é revertida quando o pH se reestabelece ou quando a luz Laser é irradiada sobre o local. A energia laser é absorvida pela enzima SOD que se dissocia do próton e volta ao seu estado fundamental ativado. Uma vez que a função da SOD é remover os radicais livres do local, em situações de inflamação quando alta concentração de radicais livres é produzida, a reativação da SOD modula esta quantidade e consequentemente modula a resposta inflamatória, evoluindo para uma cicatrização tecidual acelerada”.  

Autor: Profa. Dra. Daianne T. Meneguzzo (dai@allaser.com.br) – In: https://allaser.com.br/perguntas-frequentes/ 

Utiliza o laser em associação a substância fotossensibilizante (azul de metileno) promovendo ação antimicrobiana. Vide também: Terapia fotodinâmica (PDT) - Qual a vantagem da terapia fotodinâmica sobre a antibioticoterapia?

O mecanismo de ação da PDT para eliminação de microorganismos é através da produção de radicais livres, principalmente oxigênio singleto, que são letais para bactérias é diferente do mecanismo de ação de chave-fechadura da antibioticoterapia e, por isso, até hoje não apresentou resistência a nenhum tipo de bactéria. Além disso o tratamento é local, permitindo resultados mais rápidos, evitando-se que outras bactérias que fazem parte da microflora natural do corpo sejam afetadas e evitando os efeitos colaterais normalmente vistos com medicamentos como intolerância e problemas gástricos.

Independente do tipo de queimadura, do agente ou da profundidade, a primeira providência a ser tomada é colocar a superfície queimada em água corrente até passar a dor. Isso pode levar de 20 a 30 minutos e é importante para cessar o processo da queimadura e impedir que uma lesão de 2º grau evolua para uma lesão de 3º grau. Não aplique, por conta própria, nenhum tipo de produto sobre a queimadura e procure uma avaliação especializada. Antes que a pele comece a inchar, retire quaisquer acessórios que possam pressionar o local, como pulseiras, anéis etc.  Cubra a queimadura com pano, gaze ou toalha limpos e úmidos e se dirija para a emergência. Em queimaduras químicas, lave bastante o local por pelo menos 20 minutos para remover a substância. Se houve inalação ou ingestão de química, principalmente corrosiva, leve a pessoa ao hospital imediatamente. Em queimaduras elétricas, tire o aparelho da tomada ou desligue a energia antes de tocar no local e também leve a pessoa ao hospital imediatamente.

As queimaduras solares na maioria das vezes provocam um “vermelhão” e muita dor. Quando não há formação de bolhas, elas se caracterizam como queimadura de 1º grau. Neste caso, mantenha o corpo hidratado, tomando água e sucos naturais, e aplique um bom creme hidratante sobre a área queimada, duas a três vezes por dia. Se houver formação de bolhas, trata-se de uma queimadura de 2º grau. O ideal neste caso é expor a área afetada à água corrente, cobrir com tolha ou lençol limpo e procurar um serviço especializado.

As queimaduras causadas por abrasão, comumente chamadas de “ralados”, são muito dolorosas. Como há perda da superfície da pele, elas se caracterizam como queimaduras de 2º grau. O recomendado, neste caso, é levar com água corrente e um sabonete neutro, tipo glicerina, para não arder. Depois cubra a área com uma toalha ou lençol limpo e procure um serviço especializado. Há curativos de última geração que favorecem o processo de reepitelização, sem a necessidade de troca diária. 

Queimaduras, quanto à profundidade dos ferimentos, podem ser classificadas em: 1º grau= Afeta a superfície da pele (epiderme), provoca calor, dor, mas não forma bolhas e não deixa cicatriz permanente; 2º grau= Afeta diferentes profundidades da derme, provoca vermelhidão, dor mais intensa e causa bolhas, pode deixar marcas significativas; 3º grau= Afeta todas as camadas da pele alcançando a parte mais profunda (hipoderme) e pode chegar aos ossos ou órgãos, a pele fica com aspecto branco ou carbonizado, seca e sem elasticidade, deixa lesões deformantes com necessidade de reparação. 

Podem ser: TÉRMICAS (fogo, líquidos superaquecidos, objetos quentes ou exposição ao sol); QUÍMICAS (por contato com substâncias químicas, como soda cáustica, venenos, pilhas e baterias, que têm materiais corrosivos); ELÉTRICAS (causadas pelo calor gerado na corrente elétrica durante um choque e também podem interferir nos sistemas cardíaco e nervoso).

Não aplique gelo no local. Pela temperatura negativa, ele também provoca queimadura. Dicas caseiras não resolvem e ainda podem causar infecções. Nada de passar pó de café, pasta de dente, barro, clara de ovo... Nunca fure as bolhas, já que a pele de baixo ainda não está pronta para ser exposta. A bolha murchará naturalmente.